5 de nov. de 2014

Trabalho sobre o reino fungi - integrantes: Breno Oliveira, Leonardo Reis, Gabriel Oliveira, Miguel Fernandes - Nº:3,16,10,22

Reino Fungi

Os fungos são popularmente conhecidos por bolores, mofos, fermentos, levedos, orelhas-de-pau, trufas e cogumelos-de-chapéu (champignon). É um grupo bastante numeroso, formado por cerca de 200.000 espécies espalhadas por praticamente qualquer tipo de ambiente.

Os Fungos e sua Importância

Ecológica
Os fungos apresentam grande variedade de modos de vida. Podem viver como saprófagos, quando obtêm seus alimentos decompondo organismos mortos; como parasitas, quando se alimentam de substâncias que retiram dos organismos vivos nos quais se instalam, prejudicando-o ou podendo estabelecer associações mutualísticas com outros organismos, em que ambos se beneficiam. Além desses modos mais comuns de vida, existem alguns grupos de fungos considerados predadores que capturam pequenos animais e deles se alimentam.
Em todos os casos mencionados, os fungos liberam enzimas digestivas para fora de seus corpos. Essas enzimas atuam imediatamente no meio orgânico no qual eles se instalam, degradando-o à moléculas simples, que são absorvidas pelo fungo como uma solução aquosa.

Fungos apodrecendo o morango.

Os fungos saprófagos são responsáveis por grande parte da degradação da matéria orgânica, propiciando a reciclagem de nutrientes. Juntamente com as bactérias saprófagas, eles compõem o grupos dos organismos decompositores, de grande importância ecológica. No processo da decomposição, a matéria orgânica contida em organismos mortos é devolvida ao ambiente, podendo ser novamente utilizada por outros organismos.
Apesar desse aspecto positivo da decomposição, os fungos são responsáveis pelo apodrecimento de alimentos, de madeira utilizada em diferentes tipos de construções de tecidos, provocando sérios prejuízos econômicos. Os fungos parasitas provocam doenças em plantas e em animais, inclusive no homem.

A ferrugem do cafeeiro, por exemplo, é uma parasitose provocada por fungo; as pequenas manchas negras, indicando necrose em folhas, como a da soja, ilustrada a seguir, são devidas ao ataque por fungos.










      
Folha da soja com sintomas da ferrugem asiática.

Em muitos casos os fungos parasitas das plantas possuem hifas especializadas - haustórios - que penetram nas células do hospedeiro usando os estomas como porta de entrada para a estrutura vegetal. Das células da planta captam açúcares para a sua alimentação.
Dentre os fungos mutualísticos, existem os que vivem associados a raízes de plantas formando asmicorrizas (mico= fungo; rizas = raízes). Nesses casos os fungos degradam materiais do solo, absorvem esses materiais degradados e os transferem à planta, propiciando-lhe um crescimento sadio. A planta, por sua vez, cede aos fungos certos açucares e aminoácidos de que ele necessita para viver.


Algumas plantas que formam os micorrizos naturalmente são o tomateiro, o morangueiro, a macieira e as gramíneas em geral.
Os micorrizos são muito frequentes também em plantas típicas de ambientes com solo pobre de nutrientes minerais, como os cerrados, no território brasileiro. Nesses casos, elas representam um fator importante de adaptação, melhorando as condições de nutrição da planta.
Certos grupos de fungos podem estabelecer associações mutualísticas com cianobactérias ou com algas verdes, dando origem a organismos denominados líquens. Estes serão discutidos posteriormente.

Econômica
Muitos fungos são aeróbios, isto é, realizam a respiração, mas alguns são anaeróbios e realizam à fermentação.

Camembert

Destes últimos, alguns são utilizados no processo de fabricação de bebidas alcoólicas, como a cerveja e o vinho, e no processo de preparação do pão. Nesses processos, o fungo utilizado pertence à espécie Saccharomyces cerevisiae, capaz de transformar o açúcar em álcool etílico e CO2(fermentação alcoólica), na ausência de O2. Na presença de  Orealizam a respiração. Eles são, por isso, chamados dê anaeróbios facultativos.
Na fabricação de bebidas alcoólicas o importante é o álcool produzido na fermentação, enquanto, na preparação do pão, é o CO2. Neste último caso, o COque vai sendo formado se acumula no interior da massa, originando pequenas bolhas que tornam o pão poroso e mais leve.




Roquefort

O aprisionamento do CO2 na massa só é possível devido ao alto teor de glúten na farinha de trigo, que dá a "liga" do pão. Pães feitos com farinhas pobres em glúten não crescem tanto quanto os feitos com farinha rica em glúten.
Imediatamente antes de ser assado, o teor alcoólico do pão chega a 0,5%; ao assar, esse álcool evapora, dando ao pão um aroma agradável.
Alguns fungos são utilizados na indústria de laticínios, como é o caso do Penicillium camemberti e do Penicillium roquefort, empregados na fabricação dos queijos Camembert e Roquefort, respectivamente.

Algumas espécies de fungos são utilizadas diretamente como alimento pelo homem. É o caso da Morchellae da espécie Agaricus brunnescens, o popular cogumelo ou champignon, uma das mais amplamente cultivadas no mundo.

Morchella
 
Agaricus

Doenças Causadas por Fungos

Micose em couro cabeludo


As micoses que aparecem comumente nos homens são doenças provocadas por fungos. As mais comuns ocorrem na pele, podendo-se manifestar em qualquer parte da superfície do corpo.
São comuns as micoses do couro cabeludo e da barba (ptiríase), das unhas e as que causam as frieiras (pé-de-atleta).
As micoses podem afetar também as mucosas como a da boca. É o caso só sapinho, muito comum em crianças. Essa doença se manifesta por múltiplos pontos brancos na mucosa.
Existem, também, fungos que parasitam o interior do organismo, como é o caso do fungo causador da histoplasmose, doença grave que ataca os pulmões.


Fungos Unicelulares
À primeira vista, parece que todo o fungo é macroscópico. Existem, porém, fungos microscópicos, unicelulares. Entre estes, pode ser citado o Saccharomyces cerevisiae. Esse fungo é utilizado para a fabricação de pão, cachaça, cerveja etc., graças à fermentação que ele realiza.


Saccharomyces: fungos unicelulares. Note que os pequenos brotos são novos indivíduos que estão sendo formados por reprodução o assexuada.

Fungos Pluricelulares
Os fungos pluricelulares possuem uma característica morfológica que os diferencia dos demais seres vivos. Seu corpo é constituído por dois componentes: o corpo de frutificação é responsável pela reprodução do fungo, por meio de células reprodutoras especiais, os esporos, e o micélio é constituído por uma trama de filamentos, onde cada filamento é chamado de hifa.
Na maioria dos fungos, a parede celular é complexa e constituída de quitina, a mesma substância encontrada no esqueleto dos artrópodes.
O carboidrato de reserva energética da maioria dos fungos é o glicogênio, do mesmo modo que acontece com os animais.






Tipos de Hifas
Dependendo do grupo de fungos, as hifas podem apresentar diferentes tipos de organização. Nas hifas cenocíticas, presentes em fungos simples, o fio é contínuo e o citoplasma contém numerosos núcleos nele inserido.


Fungos mais complexos possuem hifas septadas, isto é, há paredes divisórias (septos) que separam o filamento internamente em segmentos mais ou menos parecidos. Em cada septo há poros que permitem o livre trânsito de material citoplasmático de um compartimento a outro.


Tipos de hifas- Pelos poros das hifas septadas ocorre trânsito de citoplasma e de núcleos de uma célula para outra. Nos fungos, os núcleos são haploides.

Reprodução nos fungos
Reprodução Assexuada

Fragmentação
A maneira mais simples de um fungo filamentoso se reproduzir assexuadamente é por fragmentação: um micélio se fragmenta originando novos micélios.

Brotamento
Leveduras como Saccharomyces cerevisae se reproduzem por brotamento ou gemulação. Os brotos (gêmulas) normalmente se separam do genitor, mas, eventualmente, podem permanecer grudados, formando cadeias de células.

Esporulação
Nos fungos terrestres, os corpos de frutificação produzem, por mitose, células abundantes, leves, que são espalhadas pelo meio. Todas as células dessas, um esporo conhecido como conidiósporo (do grego, kónis = poeira), ao cair em um material apropriado, é capaz de gerar sozinho um novo mofo, bolor etc.
Para a produção desse tipo de esporo a ponta de uma hifa destaca-se do substrato e, repentinamente, produz centenas de conidiósporos, que permanem unidos até serem liberados. É o que acontece com o fungopenicillium, que assim foi chamado devido ao fato de a estrutura produtora de esporos - o conídio - se assemelhar a um pincel.
Ao lado- Micografia eletrônica de varredura mostrando o corpo de frutificação do Penicillium SP. Frequente bolor encontrado em frutas. Os pequenos e leves esporos esféricos (conidiósporos) brotam de conídios que surgem na extremidade de uma hifa especializada, o conidióforo.


Laranja contaminada com Penicillium sp , vista a olho nu.

Em certos fungos aquáticos, os esporos são dotados de flagelos, uma adaptação à dispersão em meio líquido. Por serem móveis e nadarem ativamente, esses esporos são chamados zoósporos.


 Reprodução Sexuada
No   ciclo reprodutivo de alguns fungos aquáticos, há a produção de gametas flagelados, que se fundem e geram zigotos que produzirão novos indivíduos. Nos fungos terrestres, existe um ciclo de reprodução no qual há produção de esporos por meiose. Desenvolvendo-se, esses esporos geram hifas haploides que posteriormente se fundem e geram novas hifas diploides, dentro dos quais ocorrerão novas meioses para a produção de mais esporos meióticos. A alternância de meiose e fusão de hifas (que se comportam como gametas) caracteriza o processo como sexuado.
O esquema da figura  abaixo ilustra um ciclo de reprodução genérico, válido para a maioria dos fungos. Muitos alternam a reprodução sexuada com a assexuada. Em outros, pode ocorrer apenas reprodução sexuada ou apenas a reprodução assexuada.



De modo geral, a reprodução sexuada dos fungos se inicia com a fusão de hifas haploides, caracterizando a plasmogamia (fusão de citoplasmas). Os núcleos haploides geneticamente diferentes, provenientes de cada hifa parental, permanecem separados (fase heterocariótica, n + n).
Posteriormente, a fusão nuclear (cariogamia) gera núcleos diploides que, dividindo-se por meiose, produzem esporos haploides. Esporos formados por meiose são considerados sexuados (pela variedade decorrente do processo meiótico).
Algumas curiosidades merecem ser citadas a respeito da fase sexuada da reprodução:
  • antes de ocorrer plasmogamia, é preciso que uma hifa "atraia" a outra. Isso ocorre por meio da produção de feromônios, substâncias de "atração sexual" produzidas por hifas compatíveis;
  • em muitos fungos, após a plasmogamia decorre muito tempo (dias, meses, anos) até que ocorra a cariogamia;
  • a produção de esporos meióticos, após a ocorrência de cariogamia, se dá em estruturas especiais, freqüentemente chamadas de esporângios.
Classificação dos Fungos
Classificar fungos não é tarefa fácil. Trata-se de um grupo muito antigo (mais de 540 milhões de anos) e existem muitas dúvidas a respeito de sua origem e evolução.



Os quitridiomicetos, constituídos por cerca de 790 espécies, são os prováveis ancestrais dos fungos. Vivem em meio aquático e em solos úmidos próximos a represas, rios e lagos. Vivem da absorção da matéria orgânica que decompõe e, muitas vezes, parasitam algas, protozoários, outros fungos, plantas e animais. Algumas espécies causam considerável prejuízo em plantas de cultivo (alfafa e milho).
Os ascomicetos, com cerca de 32.000 espécies, são os que formam estruturas reprodutivas sexuadas, conhecidas como ascos, dentro das quais são produzidos esporos meióticos, os ascósporos. Incluem diversos tipos de bolores, as trufas, as Morchellas, todos filamentos, e as leveduras (Saccharomyces sp.), que são unicelulares.
Os basidiomicetos, com cerca de 22.000 espécies, são os que produzem estruturas reprodutoras sexuadas, denominadas de basídios, produtores de esporos meióticos, os basidiósporos. O grupo inclui cogumelos, orelhas-de-pau, as ferrugens e os carvões, esses dois últimos causadores de doenças em plantas.
Os zigomicetos, com cerca de 1.000 espécies, são fungos profusamente distribuídos pelo ambiente, podendo atuar como decompositores ou como parasitas de animais. Os mais conhecidos é o Rhizobux stolonifer, bolor que cresce em frutas, pães e doces - seu corpo de frutificação é uma penugem branca que lembra filamentos de algodão, recheados de pontos escuros que representam os esporângios.
Os deuteromicetos, ou fungos conidiais, que já foram conhecidos como fungos imperfeitos, constituem um grupo de fungos que não se enquadra no dos anteriores citados. Em muitos deles, a fase sexuada não é conhecida ou pode ter sido simplesmente perdida ao longo do processo evolutivo. De modo geral, reproduzem-se assexuadamente por meio da produção de conidiósporos. A esse grupo pertencem diversas espécies de Penicillium (entre as quais a que produz penicilina) e Aspergillus (algumas espécies produzem toxinas cancerígenas).
Liquens
Os liquens são associações simbióticas de mutualismo entre fungos e algas. Os fungos que formam liquens são, em sua grande maioria, ascomicetos (98%), sendo o restante, basidiomicetos. As algas envolvidas nesta associação são as clorofíceas e cianobactérias. Os fungos desta associação recebem o nome de micobionte e a alga, foto bionte, pois é o organismo fotossintetizante da associação.

A natureza dupla do líquen é facilmente demonstrada através do cultivo separado de seus componentes. Na associação, os fungos tomam formas diferentes daquelas que tinha quando isolados, grande parte do corpo do líquen é formado pelo fungo.







A microscopia eletrônica mostra as hifas de fungo entrelaçadas com a alga.


Morfologia
Normalmente existem três tipos de talo:
Crostoso: o talo é semelhante a uma crosta e encontra-se fortemente aderido ao substrato.

Folioso: o talo é parecido com folhas

Fruticoso: o talo é parecido com um arbusto e tem posição ereta.


Reprodução
Os liquens não apresentam estruturas de reprodução sexuada. O micobionte pode formar conídios, ascósporos ou basidiósporos. As estruturas sexuadas apresentam forma de apotécio. Os esporos formados pelos fungos do líquen germinam quando entram em contato com alguma clorofícea ou cianobactéria.

O foto bionte se reproduz vegetativamente. O líquen pode se reproduzir assexuadamente por sorédios, que são propágulos que contém células de algas e hifas do fungo, e por isídios, que são projeções do talo, parecido com verrugas. O líquen também pode se reproduzir por fragmentação do talo.


Habitat
Os líquens possuem ampla distribuição e habitam as mais diferentes regiões. Normalmente os liquens são organismos pioneiros em um local, pois sobrevivem em locais de grande estresse ecológico. Podem viver em locais como superfícies de rochas, folhas, no solo, nos troncos de árvores, picos alpinos, etc. Existem liquens que são substratos para outros liquens.

A capacidade do líquen de viver em locais de alto estresse ecológico deve-se a sua alta capacidade de dessecação. Quando um líquen desseca, a fotossíntese é interrompida e ele não sofre pela alta iluminação, escassez de água ou altas temperaturas. Por conta desta baixa na taxa de fotossíntese, os liquens apresentam baixa taxa de crescimento.


Importância Econômica

Os liquens produzem ácidos que degradam rochas e ajudam na formação do solo, tornando-se organismos pioneiros em diversos ambientes. Esses ácidos também possuem ação citotóxica e antibiótica.

Quando a associação é com uma cianobactéria, os liquens são fixadores de nitrogênio, sendo importantes fontes de nitrogênio para o solo.

Os liquens são extremamente sensíveis à poluição, sobrevivendo de bi indicadores de poluição, podendo indicar a qualidade do ar e até quantidade de metais pesados em áreas industriais.

Algumas espécies são comestíveis, servindo de alimento para muitos animais.






Os platelmintos

Os platelmintos são vermes que surgiram na Terra há provavelmente cerca de 600 milhões de anos. Esses animais têm o corpo geralmente achatado, daí o nome do grupo: platelmintos (do grego platy: 'achatado'; e helmin: 'verme').
Os platelmintos, que compreendem em torno de 15 mil espécies, vivem principalmente em ambientes aquáticos, como oceanos, rios e lagos; são encontrados também em ambientes terrestres úmidos. Alguns têm vida livre, outros parasitam animais diversos, especialmente vertebrados.
Medindo desde alguns milímetros até metros de comprimento, os platelmintos possuem tubo digestório incompleto, ou seja, têm apenas uma abertura - a boca-, por onde ingerem alimentos e eliminam as fezes; portanto, não possuem ânus. Alguns nem tubo digestório têm e vivem adaptados à vida parasitária, absorvendo, através da pele, o alimento previamente digerido pelo organismo hospedeiro.Entre os muitos exemplos de platelmintos vamos estudar as planárias, as tênias e os esquistossomos.

CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS:

- Sistema circulatório: ausente (o alimento é difundido pelo organismo passando de uma célula para outra);
- Sistema excretor: presente (formado por uma rede de túbulos denominados protonefrídeos, culminando em um poro terminal localizado na região dorsal do animal);
- Sistema respiratório: ausente (as trocas gasosas são realizadas diretamente com o meio);
- Sistema nervoso: presente (constituído por um par de gânglios cerebrais dispostos na região anterior, irradiando cordões nervosos até a porção posterior);
- Sistema sensorial: presente (através de células fotoreceptoras, os ocelos, esses organismos conseguem se orientar captando energia luminosa).A reprodução é bem diversificada, existem espécies que se reproduzem assexuadamente por fragmentação, outras sexuadamente com desenvolvimento direto ou indireto (passando por estágio larval).


Doenças causadas por platelmintos

A teníase é uma doença causada por duas espécies pertencentes ao Filo Plathyhelminthes, a Taenia solium (tênia de porco) e a Taenia saginata (tênia de boi). Essa doença também é conhecida como solitária, porque só um verme costuma viver em um hospedeiro.
O hospedeiro definitivo para as duas doenças é o homem, sendo hospedeiros intermediários o porco (T. solium) e o boi (T. saginata). O local de parasitismo é o intestino delgado, e o interessante é que esses animais, por serem parasitas obrigatórios, se alimentam do alimento digerido pelo hospedeiro e não possuem tubo digestório próprio.
Esses vermes são achatados, em forma de fita, hermafroditas e podem atingir alguns metros de comprimento. A cabeça, situada na região anterior, chamada de escólex, é seguida de um curto pescoço e de uma série de “gomos”, os proglotes. Quanto mais próximos do escólex, mais imaturos são os proglotes. No meio do animal encontram-se os proglotes maturos, com testículos e ovários, e na região posterior os proglotes grávidos, que possuem inúmeros ovos embrionados.Os proglotes grávidos são liberados durante a evacuação, e, no solo, se rompem e liberam os ovos, chamados de oncosferas. No hospedeiro intermediário, boi ou porco, as oncosferas penetram o intestino e vão para a musculatura via corrente sanguínea, onde se desenvolvem os cisticercos. O homem é infectado quando ingere carne mal assada contendo esses cisticercos, popularmente conhecidos como “canjiquinhas”. Acompanhe todo o ciclo na figura:
O grande problema está quando o homem ingere os ovos ou proglotes grávidas (pode ser via água, frutas ou verduras contaminadas e até por auto-infestação), passando a ser o hospedeiro intermediário. Nesse caso, os ovos passam pela circulação e se alojam no cérebro, olhos, coração, pele ou músculos, causando grandes injúrias. Esse tipo de ciclo desses parasitas é conhecido como Cisticercose, e é mais observada a cisticercose por Taenia solium (de porco). O esquema abaixo ilustra como a cisticercose no porco é igual em humanos, pois estes passam a ser o hospedeiro intermediário. 

Pincipais características do platelmintos


Os platelmintos apresentam considerável progresso em relação aos poríferos e celenterados. Podemos constatar isso caracterizando os platelmintos: trata-se de animais de simetria bilateral, triblásticos, acelomados, com sistema nervoso centralizado, sistema digestivo incompleto e dispondo de sistema excretor e gônadas permanentes.
Na face ventral, está a boca, orifício de entrada de alimentos e de saída de dejetos da digestão. Os platelmintos são enterozoários incompletos, e o seu tubo digestivo possui apenas um orifício.
Durante o desenvolvimento embrionário dos platelmintos, as células que surgem por mitoses consecutivas do zigoto formam três camadas, os folhetos embrionários ou germinativos. No desenvolvimento dos poríferos e dos celenterados, formam-se apenas dois folhetos e, por isso, são chamados animais diblásticos. Como os demais animais se desenvolvem a partir de três folhetos, são triblásticos.
O folheto mais externo, o ectoderma, origina a epiderme, tecido de revestimento e que secreta um muco que mantém o corpo úmido. O endoderma forma o revestimento interno do sistema digestivo. O folheto intermediário, ou mesoderma, origina a massa muscular do corpo desses animais. Essa musculatura inclui dois tipos de fibras: as fibras longitudinais e as fibras transversais. A contração desses dois tipos de fibras pode fazer o corpo do animal se encurtar ou se alongar, o que permite o seu deslocamento.
O mesoderma também forma o mesênquima, massa esponjosa formada por células indiferenciadas e com capacidade de se transformar em outras células do corpo. A presença do mesênquima explica o grande poder de regeneração desses animais.

4 de nov. de 2014

Nematelmintos

Nematelmintos

Resumo

Os nematódeos, ou nematelmintos, são vermes de corpo cilíndrico, afilado nas extremidades, semelhantes a um fio (nema = fio). São parasitas de seres humanos, animais e plantas, tendo grande importância em saúde.
Antigamente nematoda era uma classe do filo dos Asquelmintos. As classes foram elevadas a Filo, porém, como o Filo Nematoda é o que possui mais parasitas de seres humanos, s Podem ser encontrados em grande quantidade no solo, na água e como parasitas.








Embriologia
São animais triblásticos (possuem os 3 folhetos germinativos: ectoderme, mesoderme e endoderme), pseudocelomados (cavidade do corpo é delimitada pelos tecidos da mesoderme e tecidos da endoderme), protostômios (quando o blastóporo dá origem à boca) e possuem simetria bilateral.
Tegumento
O corpo desses vermes é coberto por uma cutícula protetora muito resistente, produzida pela epiderme, composta principalmente de colágeno. Essa cutícula protege contra as enzimas produzidas pelo sistema digestório do organismo hospedeiro. A epiderme é composta por uma camada de células simples.
Musculatura
A musculatura dos nematódeos é composta por uma única camada de células que se distribui longitudinalmente pelo corpo. Essa musculatura lisa é responsável pelos movimentos desses animais. Provocam flexões dorsoventrais. A movimentação também vai depender da elasticidade da cutícula e do esqueleto hidrostático, líquido presente no pseudoceloma.
Respiração
Os nematódeos não possuem sistema respiratório, e a respiração é cutânea ou tegumentar, feita através de difusão.
Digestão
Os nematódeos são os primeiros animais a apresentarem sistema digestório completo, ou seja, possuem boca e ânus.
A boca possui lábios ao redor. Esses lábios possuem papilas sensoriais, dentes ou placas cortantes. Os parasitas alimentam-se de produtos pré-digeridos pelo hospedeiro, mas há também espécies fitófagas e carnívoras.
Circulação
Não possuem sistema circulatório. A circulação de gases, nutrientes e substâncias tóxicas é feita pelo pseudoceloma.
Excreção
Possuem uma célula especializada, com um formato que lembra a letra H. Possuem dois canais longitudinais, que percorrem a lateral do corpo do verme, unidas por um canal transversal, que emite um ducto que elimina excretas pelo poro excretor. A principal excreta desses animais é a amônia.
Sistema Nervoso
Possuem dois cordões nervosos que percorrem o corpo do animal, ventral ou longitudinalmente. Da faringe partem os cordões nervosos. O cordão nervoso dorsal é responsável pela função motora, enquanto a ventral é sensorial e motora, sendo considerada a mais importante.
Reprodução
São animais dióicos, em sua grande maioria, possuem sexos separados. Apresentam dimorfismo sexual. Ou seja, a fêmea é diferente do macho. Normalmente os machos são menores e sua porção posterior é afilada e curva, para facilitar a cópula. A fecundação é cruzada e o desenvolvimento é indireto.


Características dos Nematelmintos

- O corpo dos Nematelmintos é cilíndrico, não segmentado e alongado.
- São triblásticos (possuem três tipos de tecidos): ectoderme, mesoderme e endoderme.
- Possuem sistema nervoso parcialmente centralizado.
- Possuem sistema digestivo completo.
- Apresentam sistema excretor formado por dois canais longitudinais.
- Apresentam corpo com simetria bilateral e três camadas germinativas.
- Não apresentam sistema circulatório e respiratório (as trocas gasosas ocorrem por difusão através da superfície corporal).
- Algumas espécies são terrestres enquanto outros habitam a água (principalmente água doce). 
- Algumas espécies são microscópicas, enquanto outras podem atingir até 10 metros de comprimento.
- A maior parte das espécies possui fecundação interna.


  Componentes do Grupo: Ana Beatriz, Mariana W., Mariana L., Nayara Luíza, Raquel L., Tarsis M.


Bons Estudos !!!