14 de set. de 2014

Neurotransmissores

Grupo 6(Maria Luiza, Luciene Fernanda, Pedro Torchia, Yvea)


Neurotransmissores
Neurotransmissor é uma substância química produzida em uma célula do cérebro, o neurônio. Ele é capaz de conduzir e transmitir uma informação de um neurônio a outro, ou seja, é como um telefone para comunicação entre os neurônios. Essa comunicação se chama sinapse. Joseph LeDoux, professor de Neurociências em Nova York já dizia: “Você é as suas sinapses, e elas são o que você é”.                                                                                                                                                                Mas por que os neurônios precisam de uma comunicação entre eles, se um está ao lado do outro? Não seria melhor uma conversa direta, sem intermediários? Eis que surge um outro problema: os neurônios funcionam através de disparos elétricos. Então, para transmitir um impulso elétrico em uma informação química, para que as células consigam se “conversar”, o neurônio produz e utiliza os neurotransmissores.                                                                                                                                      Os neurotransmissores são como combustíveis para o cérebro realizar determinadas funções. Num carro é preciso ter água, diferentes tipos de óleo, gasolina, lubrificantes. No cérebro é a mesma coisa: existem vários neurotransmissores e também outras substâncias que agem também como neurotransmissores, por exemplo os aminoácidos, peptídeos e até mesmo gases como o óxido nítrico e o gás carbônico.

Os mensageiros químicos liberados pelas células variam entre dois tipos: hormônios secretados diretamente no sangue, com ação ampla, e neurotransmissores secretados durante as sinapses, atuando na membrana pós-sináptica que encontra-se próxima ao terminal nervoso. Outras substâncias com propriedades neurotransmissoras não são classificadas com tanta facilidade.                                                                                                                                                                                                   A maior parte dos neurotransmissores encontra-se em três categorias: aminoácidos, aminas e peptídeos. Os dois primeiros são moléculas orgânicas diminutas, apresentando, no mínimo, um átomo de nitrogênio, armazenadas e secretadas nas vesículas sinápticas. Sua produção se dá no terminal do axônio a partir de precursores metabólicos existentes neste local. As enzimas relacionadas na síntese de tais neurotransmissores são fabricadas no corpo celular das células nervosas e encaminhadas até o terminal neuronal, promovendo neste local, velozmente, a síntese desses mediadores químicos.                                                                                                                  Após sintetizados, os neurotransmissores aminoácidos e aminas são transportados para as vesículas sinápticas, liberando seu conteúdo por meio do processo de exocitose. Por conseguinte, esta membrana é recuperada por meio de endocitose e a vesícula reciclada é reabastecida com neurotransmissores.                                                                                                                                    Os neurotransmissores peptídeos são compostos por grandes moléculas guardadas e liberadas em grânulos secretores. A produção desse tipo de neurotransmissor se dá no reticulo endoplasmático rugoso do corpo celular do neurônio. E seguida à sua síntese, são clivados no aparelho de Golgi, passando a ser neurotransmissores ativos, sendo estes, secretados pelos grânulos secretores e encaminhados ao terminal neuronal para, futuramente, serem liberados na fenda sináptica.                                                                                                                                          Diversos neurônios do sistema nervoso central (SNC) liberam também diferentes neurotransmissores, sendo estes do tipo liga-desliga de efeitos instantâneos. Normalmente, as sinapses rápidas do SNC apresentam como mediador os neurotransmissores aminoácidos, como o glutamato, ácido Ƴ-aminobutírico (GABA) e glicina, podendo estar relacionado à transmissão de até 90% da totalidade das transmissões sinápticas no SNC.A amina acetilcolina é responsável por mediar a sinapse rápida em todas as junções neuromusculares transmissões mais lentas de transmissão sináptica no SNC e na periferia são mediadas por neurotransmissores das três categorias.                                                                                                Atualmente, para uma substância ser considerada neurotransmissora, ela deve apresentar quatro características básicas:                                                                                                                  
 Deve ser sintetizada no neurônio;
·         Deve ser encontrada na terminação pré-sináptica e secretada em quantidades suficientes para agir no neurônio pós-sináptico ou no órgão efetor;
·         Deve imitar a ação do transmissor endógeno, quando for aplicada exogenamente;
·         Deve apresentar mecanismo específico para sua remoção.





Tabela
Neurotransmissores Clássicos
Catecolaminas
Serotonina
Acetilcolina
Dopamina,adrenalina,noradrenalina
Aminoácidos
Inibitórios
Excitatórios
GABA,glicina
Glutamato,Aspartato
Peptídeos
Endorfina,substânciaP,calcitonina,melatonina

Gases
Ôxidos Nítrico,CO2


Serotonina
A serotonina vem sendo utilizada no senso comum como sinônimo de felicidade. E, de fato, é uma substância implicada em depressão e felicidade, ansiedade e tranqüilidade e em outras diversas áreas do comportamento, como agressividade, raiva, irritabilidade. Participa também de outras funções importantes no organismo, como apetite, controle de temperatura, sono, náusea e vômitos, sexualidade e, é claro, muito importante no sistema de dor. 
 

Ela é sintetizada no cérebro e no tubo digestivo e armazenada em plaquetas e no sangue. Ela também é encontrada em muitas plantas, vegetais, frutas, cogumelos. Muitos remédios são voltados para repor a serotonina no cérebro, e com ação favorável em diversas doenças. A classe dos antidepressivos é repleta de medicamentos com ação na serotonina.
Veja a molécula da serotonina como é:


Noradrenalina
Noradrenalina, ou norepinefrina, é um neurotransmissor produzido na glândula adrenal, um órgão situado acima dos rins, e funciona como um hormônio. É um neurotransmissor e hormônio ligado ao estresse, ligado ao sistema de alerta, por isso é de extrema importância para o sistema de dor.                                                                                                                                                                    A noradrenalina aumenta os batimentos cardíacos e a pressão arterial, recruta a glicose guardada no corpo para ser utilizada, prepara o músculo para agir rapidamente e aumenta a sua contratura, aumenta o estado de alerta e também está ligada a problemas de sono. Esse neurotransmissor é o responsável pela resposta de defesa do organismo, chamada fight-or-flight-response, o “lutar ou fugir”. Quando o organismo percebe uma ameaça, ele produz a noradrenalina para preparar o corpo para a “guerra” para lutar contra a ameaça ou fugir dela.
A sua molécula é assim: 
                                                                                                                                                     
Dopamina
Dopamina é um neurotransmissor que, como a noradrenalina, é produzida na glândula adrenal. A dopamina tem diversas funções no cérebro, incluindo o comportamento, atividade motora, automatismos, motivação, recompensa, produção de leite, regulação do sono, humor, ansiedade, atenção, aprendizado. Muitos remédios que atuam na dopamina tem ação favorável em dores de cabeça.
A sua molécula é assim:
     


Acetilcolina(ACh)
A acetilcolina controla a atividade de áreas cerebrais relacionadas à atenção, aprendizagem e memória. Pessoas que sofrem da doença de Alzheimer apresentam tipicamente baixos níveis de ACh no córtex cerebral, e as drogas que aumentam sua ação podem melhorar o sistema digestivo em tais pacientes. É liberada pelo sistema autônomo parassimpático.





Glutamato
 O principal neurotransmissor excitatório do sistema nervoso. O glutamato atua em duas classes de receptores: os ionotrópicos (que quando ativados exibem grande condutividade a correntes iônicas) e os metabotrópicos (agem ativando vias de segundos mensageiros). Os receptores ionotrópicos de glutamato do tipo NMDA são implicados como protagonistas em processos cognitivos que envolvem a destruição de celulas.               



Encefalinas e Endorfinas
Essas substâncias são opiáceos que, como as drogas heroína e morfina, modulam a dor, reduzem o estresse, etc. Elas podem estar envolvidas nos mecanismos de dependência física.                                  Muitos outros neurotransmissores são derivados de precursores de proteínas, os chamados peptídeos neurotransmissores. Demonstrou-se que cerca de 50 peptídeos diferentes têm efeito sobre as funções das células neuronal. Vários desses peptídeos neurotransmissores são derivados da proteina pré-opiomelanocortina (POMC). Os neuropeptídeos são responsáveis pela mediação de respostas sensoriais e emocionais tais como a fome, a sede, o desejo sexual, o prazer e a dor. 

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