12 de set. de 2014

Sistema Endócrino

Grupo 2 (Bruno Lopes, Izabela Fernandes, João Augusto, Luiz Felipe, Yasmin Cristina)

O Sistema Endócrino é o conjunto de glândulas responsáveis pela produção dos hormônios que são lançados no sangue e percorrem o corpo até chegar aosórgãos-alvo sobre os quais atuam. Junto com o sistema nervoso, o sistema endócrino coordena todas as funções do nosso corpo.
As glândulas endócrinas estão localizadas em diferentes partes do corpo:

Hipófise: está localizada na base do crânio, em uma depressão do osso esfenoide chamada sela túrcica. Apesar de pequena, a hipófise tem grande influência sobre o crescimento e todo o funcionamento do corpo. É considerada a glândula mestre do nosso corpo, pois estimula o funcionamento de outras glândulas, como a tireoide e as glândulas sexuais. 
A hipófise possui dois lobos bem desenvolvidos: o anterior (ou adenoipófise) e o posterior(ou neuroipófise).
A adenoipófise produz seis hormônios, quatro deles são trópicos: 
  • Hormônio Estimulador da Tireóide (TSH) – Estimula a glândula tireóidea a produzir e secretar seus hormônios, os quais regulam o metabolismo corpóreo, a produção de energia, o crescimento e desenvolvimento e a atividade do sistema nervoso central.
  • Hormônio Adrenocorticotrófico (ACTH) – Estimula a produção de um importante hormônio pelas glândulas supra-renais, o cortisol. Este é considerado um “hormônio do stress”, e ajuda a manter os níveis normais de glicemia e pressão arterial, e por isso é indispensável à sobrevivência.
  • Hormônio Folículo Estimulante (FSH) – Promove o desenvolvimento dos folículos ovarianos nas mulheres e o amadurecimento dos espermatozoides no homem. O LH e o FSH agem em conjunto para permitir a função normal das glândulas sexuais: ovários e testículos.
  • Hormônio Luteinizante (LH) – Estimula a produção de testosterona nos homens, e nas mulheres induz a ovulação, a formação de corpos lúteos e estimula a produção de estrógeno e progesterona.
Os outros dois hormônios produzidos pela adenoipófise, prolactina e somatotropina, não são trópicos:
  • Prolactina (PRL) – Estimula a secreção de leite nos mamíferos. É inicialmente produzido na mãe após o parto, e sua produção é mantida pelos estímulos nervosos decorrentes da sucção da mama no momento da amamentação. 
  • Hormônio de Crescimento (GH, do nome em inglês: Growth Hormone) – Estimula o crescimento nas crianças e é importante para manter uma composição corporal saudável na vida adulta, pois atua na manutenção da massa muscular, da densidade mineral óssea e da distribuição de gordura pelo corpo. O excesso da produção desse hormônio causa o gigantismo (crescimento exagerado) e a falta provoca o nanismo.
A neuroipófise acumula e libera dois hormônios produzidos no hipotálamo:
  • Oxitocina – Provoca a ejeção (“descida”) do leite em mulheres que estão amamentando e a contração uterina durante o trabalho de parto.
  • Hormônio Anti-Diurético (ADH, ou Vasopressina) – Regula o balanço da quantidade de água no corpo. Quando este hormônio não é secretado corretamente, isso pode levar à perda exagerada de água através da urina, o chamado diabetes insipidus. Isso pode levar a problemas renais sérios, e até à falência dos rins (insuficiência renal) se não for instituído o tratamento adequado.
Pineal: A pineal fica localizada no interior do cérebro e produz a melatonina, um hormônio que inibe o desenvolvimento das gônadas e está envolvida em modificações comportamentais ligadas aos ciclos de claro e escuro.
A produção de melatonina está diretamente ligadas à presença de luz. Quando a luz incide na retina, o nervo óptico e as demais conexões neuronais levam essas informações até a glândula pineal, inibindo a produção do hormônio. Assim, sua produção ocorre quando escurece ou durante o sono.
A pineal tem importância reguladoras da atividade da adenoipófise, neuroipófise, da porção endócrina do pâncreas, do córtex da suprarrenal e das gônadas.

Glândula Tireóidea: é formada por dois lobos unidos por um istmo e localiza-se na frente da traqueia imediatamente abaixo da laringe. Produz 2 hormônios: o T3 (ou tri-iodotironina) e o T4 (ou tiroxina), que controlam o seu metabolismo. As doenças da tireoide resultam do excesso ou da falta desses hormônios.

hipertireoidismo, funcionamento exagerado da tireoide, acelera todo o metabolismo: o coração bate mais rápido, a temperatura do corpo fica mais alta do que o normal, a pessoa emagrece por gastar mais energia. Esse quadro favorece o aparecimento de doenças cardíacas e vasculares, pois o sangue circula com mais pressão. Se não tratada pode provocar o surgimento do bócio (inchaço no pescoço), e também a exoftalmia (olhos saltados).

hipotireoidismo é quando a tireoide trabalha menos e produz menos tiroxina. Assim, o metabolismo se torna mais lento, algumas regiões do corpo ficam inchadas, o coração bate mais vagarosamente, o sangue circula mais lentamente, a pessoa gasta menos energia, tende a engordar e as respostas físicas e mentais tornam-se mais lentas e se não tratada pode ocorrer o bócio. Quando o hipotireoidismo ocorre na infância, pode provocar um retardamento físico e mental. Um das possíveis causas dessa doença é a falta (ou insuficiência) de iodo na alimentação, já que o iodo é um elemento presente na composição da tiroxina. 
Na maioria dos países assim como no Brasil, existem leis que obrigam os fabricantes de sal de cozinha a adicionar iodo nesse produto. Com tal medida, garante-se que a maioria das pessoas consuma diariamente a quantidade necessária de iodo.

A glândula tireóidea produz outro hormônio: a calcitonina, que reduz o nível de cálcio no sangue e atua em conjunto com os paratormônios, que aumentam o nível de cálcio no sangue.

Paratireoides: As paratireoides são quatro pequenas glândulas, localizadas atrás da tireoide, que produzem o paratormônio(PTH), hormônio que, juntamente com a calcitonina, regula a quantidade de cálcio no sangue. Quando a concentração de cálcio no sangue diminui, o PTH promove a remoção de cálcio dos ossos, aumenta a absorção de cálcio pelo intestino e aumenta a reabsorção de cálcio nos rins, de modo que há menor eliminação de cálcio na urina
. O paratormônio tem efeito contrário ao do hormônio calcitonina produzido pela glândula tireóidea: a calcitonina é produzido quando há aumento de cálcio no sangue e estimula sua deposição nos ossos, bem como reduz sua absorção no intestino e reduz a reabsorção nos rins. 

Timo: O timo está situado entre os pulmões. Produz um hormônio que atua na defesa do organismo do recém-nascido contra infecções. Nessa fase, apresenta um volume acentuado, crescendo normalmente até a adolescência, quando começa a atrofiar. Na idade adulta diminui de tamanho, pois tem suas funções reduzidas.

Suprarrenais: As glândulas suprarrenais situam-se sobre a extremidade apical dos rins e são formadas por duas regiões distintas: a periférica(ou cortical), e a central(ou medular).

Na região cortical são produzidos os seguintes hormônios:

  • Glicocorticoides: ajudam no controle dos níveis de glicose no sangue: quando a taxa de glicose diminui, esse hormônio promove a síntese de glicose a partir de fontes que não sejam carboidratos, como as proteínas. Além disso, esses hormônios atuam como anti-inflamatórios. Os principais exemplos de glicocorticoides são a cortisona e a corticosterona.
  • Mineralocorticoides: Dentre os mineralocorticoides a aldosterona é o principal. Ela controla o volume de sangue e ajuda a regular a pressão arterial, agindo nos rins para estimulá-los a reabsorver sódio e água da urina. Um mecanismo mantém o nível adequado de aldosterona no sangue, mas quando a pessoa está sob forte stress a produção desse hormônio aumenta, provocando elevação da pressão sanguínea.
  • Hormônios sexuais: São principalmente andrógenos(hormônios sexuais masculinos), similares à testosterona produzida nos testículos. O excesso desses hormônios em mulheres pode ocasionar o aparecimento de barba e outras características secundárias masculinas. Além disso, são produzidas pequenas quantidades de estrógeno e progesterona(hormônios sexuais femininos)

Na região medular é produzido a adrenalina e noradrenalina. Os efeitos desses hormônios no organismo são:
  • Taquicardia: o coração dispara e impulsiona mais sangue para as pernas e braços, aumentando a capacidade de correr ou de se exaltar em situações tensas; 
  • Aumento da frequência respiratória e da taxa de glicose no sangue, liberando mais energia para as células; 
  • Contração dos vasos sanguíneos da pele, de modo que o organismo envia mais sangue para os músculos esqueléticos e, por isso, ficamos “pálidos de susto” e também “gelados de medo”. 

A produção e a liberação de hormônios da suprarrenal dependem de estímulos do sistema nervoso simpático e ocorrem em condições que podem ser representadas pelas sensações de prazer, emoção, perigo e estresse.

Pâncreas: O pâncreas é uma glândula mista composta de uma região exócrina, cujas secreções formam o suco pancreático, e uma região endócrina, que produzem dois hormônios importantes na regulação da taxa de glicose (açúcar) no sangue: a insulina e o glucagon.
insulina controla a entrada da glicose nas células (onde será utilizada na liberação de energia) e o armazenamento no fígado, na forma de glicogênio. A falta ou a baixa produção de insulina provoca o diabetes, doença caracterizada pelo excesso de glicose no sangue (hiperglicemia).
glucagon funciona de maneira oposta à insulina. Quando o organismo fica muitas horas sem se alimentar, a taxa de açúcar no sangue cai muito e a pessoa pode ter hipoglicemia, que gera a sensação de fraqueza, tontura, levando, em muitos casos, ao desmaio. Nesse caso o pâncreas produz o glucagon, que age no fígado, estimulando a "quebra" do glicogênio em moléculas de glicose. Por fim, a glicose é enviada para o sangue normalizando a hipoglicemia.

Glândulas sexuais: As glândulas sexuais são os ovários e os testículos, que fazem parte do sistema reprodutor feminino e do sistema reprodutor masculino, respectivamente. Estes produzem, além de hormônios sexuais, os gametas.

A adenoipófise produz dois hormônios gonadotrópicos: o hormônio luteinizante(LH) e o folículo estimulante(FSH). Assim, enquanto os ovários produzem o estrógeno e a progesterona(hormônios fundamentais para a reprodução, pois controlam o ciclo menstrual, e responsáveis pelo desenvolvimento e a manutenção dos caracteres sexuais secundários femininos), os testículos produzem diversos hormônios, entre eles a testosterona(responsável pelo aparecimento das características sexuais secundárias masculinas: barba, voz grave, ombros volumosos etc).


Retroalimentação

A regulação hormonal obedece a um equilíbrio dinâmico que se estabelece por meio da retroalimentação, ou seja, do mecanismo através do qual o efeito controla a causa. Quando a taxa de um determinado hormônio no sangue está alta, a glândula que produz esse hormônio é inibida e para de produzi-lo. Da mesma maneira, quando a taxa está abaixo do nível normal, a glândula recebe estímulo para produzir esse hormônio.
Graças à retroalimentação, o funcionamento é ajustado às necessidades do organismo e, assim, um hormônio não é produzido em quantidade excessiva, não havendo desperdício de energia.

Fontes: Só BiologiaWikipédiaBrasil Escola, Portal Endocrino, Livro Bio - Volume 2. por Sônia Lopes e Sergio Rosso


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